domingo, 8 de agosto de 2010

fuga

Eu queria fugir de tudo que me desagrada, de tudo que me condena. Queria sumir de tudo que não me arranca sorrisos... queria um mundo de paz e amor. Queria ter mais sabedoria, mais dinheiro... mais tempo para dormir.

Eu queria uma família que realmente me entendesse, que fossem companheiros... eu queria um namorado com quem eu pudesse contar pra sempre, viver para sempre.
Eu, de tanto querer coisas, já não sei o que eu quero. Já não sei quem eu quero...
Já não sei quem eu sou, do que eu gosto. Penso tanto no futuro, que esqueço que o futuro a gente constrói é agora. Penso, quero, sou , estou.
Uma certa confusão abala a minha mente... a confusão do não saber o que fazer. A dificuldade em definir meus sentimentos, acaba com meu espírito. E eu sigo nessa vida, cada vez mais abala. Hoje estou aqui, no centro-oeste. Amanha eu já quero estar longe. Se pudesse iria apenas com a roupa do corpo. Fugir nem sempre é inteligente. Mas viver no “lenga-lenga”, também não é. Será que alguém me acompanha? Será que dessa vez eu não perdi a fé de vez? Nos estudos, na prosa, na poesia, no amor, no trabalho... já não tenho mais tesão, empolgação. Estou aqui para ver até aonde irão as coisas... se eu chegar na esquina já ta bom... Descobri um lugar na República Dominicana cuja qual muito me agradei... penso na paz daquelas águas do Oceano Atlântico e afirmo, se eu tivesse um pouquinho mais de coragem, dormiria hoje e acordaria lá.

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