domingo, 25 de novembro de 2007

Aquela pontinha de indignação




Descobri que viver no passado é tolice,
prender-se a ele mais ainda.
Descobri que as falácias, de fato nos confundem e,
na esperança do que não é amor ficamos estagnados.
Percebi que planejar o futuro com alguém é uma espécie de “padecimento voluntário”. Constatei, efetivamente que as mulheres não são iguais...
já os homens...
Nada mais verosímil do que beleza e gentileza dependerem do referencial.
No atual ensejo, nada mais patético do que acreditar em ufanismos e petróleo.
Tudo tão moderno... máquinas que adivinham e trazem pronto o que eu quero comer... preparam meu banho enquanto termino de ler o manual do meu novo IPOD 20gb.
Do outro lado?? Barrigas que roncam de fome.
Olhos fundos, na pauta de não ter um bom sapato, homens que são forçados a curvarem a cabeça em resposta da humilhação e do pré-conceito que são a eles impostos. Seja por não terem um “QI”(Quem-indicou) ou de fato, não terem onde dormir. Alguns jovens aflitos por uma tal de “TPV”(tensão pré-vestibular) outros cortando cana-de-açucar, sem se quer terem sidos alfabetizados. Triste...
É mesmo a nossa PÁTRIA AMADA...
“Lares” pobres,banhados de amor, companheirismo fraternal... Povoados por gente que acredita em deus, com a alegria de não ter onde morar. Albergs onde um pão alimenta mais de uma boca.
E no lixo da classe média restos de Mc.Donalds, Bob’s e Habibis... Discussões e intrigas (Mas para aquele click do jornal: Sorrisos e poses,beijos e abraços).
Letrados que acham incrível a produção de Tropa de Elite (“– ainda mais por se um filme brasileiro...”) Sem se conscientizarem de que NÓS plantamos esta lástima e regamo-as diariamente.
O fator que mais me impressiona deve-se a todos acharem um NIRVANA repetir constantemente falas, passagens (-riquíssimas diga-se de passagem) e cenas deste filme que não tiro o mérito (ao contrário acho até que podiam ter inserido o menssalão no roteiro,tendo em vista que ele só foi para a mídia agora,em 2007) acho apenas que o objetivo não era ficar com a conotação “o BOPE É LEGAL” e sim “conscientizem-se temos que extinguir a violência”.
Com toda vergonha e angústia que caiba em um ser humano,
faço minha confissão: A ignorância do povo brasileiro me assombra cada vez mais. Incrível como a televisão consegue persuadir para com estas mentes.
Parece que o nosso povo não pensa. Qualquer migalha está bom. Não saem à luta, ficam esperando o sucesso bater à porta – e isso meus amigos, não vai acontecer.
Sim, SOMOS IGNORANTES... e a minoria pensante não move a multidão... E quanto aos oportunismos e reinados dos políticos? Esta parte poupo-me de comentar. Toda via, o mais belo, é sem dúvidas, o ENRREDO “somos uma república federativa e o nosso lema é a democracia” e claro, “Brasil – um país pra todos”...”
Democracia... Democracia... pode ser com borda de cheddar?
Triste. Vergonhoso. Angustiante. Lamentável...
Um presidente que se destaca pelas Gafes e erros de português. Se quer tem um ensino superior (Cá entre nós, tenho dúvidas se ele conseguiria escrever um parágrafo sem cometer erros ortográficos.), não sabe falar um segundo idioma (E quer sair rodando o mundo), um Lula que tenta ser Vargas... Mas sem dúvida ele também sairá da vida para entrar na história... Seja como um jactancioso, um bandoleiro,um atoleimado, um parvo ou um DEMENTE..

domingo, 18 de novembro de 2007

Dies lunae


Voar bem alto...
Rir e sorrir quando você estiver.
Felicidade fugaz, leva-me ao delírio enquanto fala baixinho.
Corpo a corpo você me seduz.
Braços entrelaçados , sensação de ponteiro parado.

Uma ligação com a lua... admirando-a sempre lembrarei de você
e de nossos sonhos de criança... família feliz.
Serenata de prata na foz da preguiça.
O brilho nos olhos e um sorriso que me inspira.

Palavras que você lança ao vento e eu impaciente recordo sozinha.
Desejo que abrasa a carne e fere os sentidos.
Um grito calado de quem quer atenção.
Vontade de ir e levar-te comigo... anunciar o sujeito que se oculta, desmembrar personagens enquanto nos fazemos afortunados.

Submeti-me à aventuras que não compensaram o tempo longe de ti.
Foram noites que amanheceram embaladas pelo ar da inocência de quem acreditou em falácias e acomodações de um espírito vazio.
Hoje tudo isso constitui pretérito e, alimenta minha explanação em virtude de todo o afeto que dedico à você.

Verbos, curvas, pensamentos... tudo que antes era pertencente a mim,agora dedico a ti, que se faz tenso na esperança pautada de ser meu bem-amado.

Com lástima me ponho a sofrer por aquele aperto que hei de sentir quando souber que aquele beijo guardará consigo a lembrança e a vontade de muitos outros que estarei impossibilitada de deleitar.

Profundo holocausto,
túnel sem luz...
lágrimas pertinazes surgem ao imaginar-te se perdendo de mim.
As distâncias alargam-se quando vejo com o coração...
Tudo se torna mais difícil.

Eu sei que somados sanearemos fronteiras,
tornaremos ínfimos os limites alvitrados.
Desejos não se abaterão com o tempo, tampouco, o amor perderá a acepção.
Judiciosamente saberemos esperar um pelo outro,
Por nosso dia – que certamente há de chegar.





*Nota: Dies lunae significa "Dia da Lua" em latim clássico.
.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Voile

Quantas coisas eu queria e não tive,
Quantas jóias lapdei e ninguém sorriu.
Amores perdidos - amores não tidos.
Alucinações que me alegraram e partiram;
Temporadas de sol em resposta à chuva;
Planos que abandonei, por pensar em "nós".
Uma vida que larguei antes de ter...

Esperando por você foram baralhos e vinhos,
búzios e cristais, café e xadrez, noites a fio...
Conversas surreais, enquanto aguardava sua chegada.

Por trás de tudo, alguém para me abraçar e prestígiar
acordes, fazer afagos e me ver dormir.

Aguém...
Você.

Como almejei... como esperei.
Esperei para me entregar, vigilei cada carícia e cada sorriso...
Olhares e rimas que só você terá.

Compondo parágrafos esperei o melhor dia, esperei o
mais belo pôr-do-sol, o mais perfumado jardim para
confessar que hoje, cada riso, cada olhar e cada vitória
sua é a tradução do que para mim é FELICIDADE.

Palavras....

Sintonia que há...

eu desconserto você.

Palavras...

Doces, amargas, curtas, compridas...
desconexas e destrambelhadas...

Palavras de amor
Palavras de amizade
Palavras de otimismo...

Palavras... Palavras... Palavras...

Letras justa-postas... fonemas consecutivos...

Palavras... Palavras... Palavras...

Ainda, PALAVRAS!

E as linhas com mais palavras assinaladas a tinta...
Ao conforto do beço modernista deixo à você meu poema
e minhas palavras.